Cada dia sua agonia
Iniciamos outubro com as pesquisas eleitorais mostrando empate técnico para a eleição presidencial americana, porém com maior crescimento da candidata Democrata.
A partir daí, ao se confirmar o absoluto equilíbrio nas pesquisas, com a manutenção do status quo das candidaturas, o mercado ajustou as posições do portfólio.
Essa adequação das carteiras, que foi chamado de “Trump Trade”, significou alta do juro americano e do dólar, assim como das ações do segmento bancário americano.
No dia 6 de novembro, com a vitória do partido Republicano, inconteste e com alta probabilidade de alinhamento do Congresso, o juro se firmou em alta, as ações americanas subiram e os mercados iniciam o ajuste a um cenário que ainda está sendo desenhado.
Além disso, moedas e ativos de países emergentes perderam valor, no consenso que a vitória republicana é ruim, tanto para o comercio internacional, quanto para a fluidez de investimentos estrangeiros.
Os próximos passos da nova administração Trump serão relevantes para a análise da geopolítica e reavaliação dos preços dos ativos.
Se aqui no Brasil, o Governo sofre a pressão dos fatos e da lei da matemática, que demonstra a insustentável dinâmica da dívida pública.
É difícil traçar o cenário para os próximos dois anos se Governo não se aprumar, mas não será um passeio no parque. É por isso que a Panamby Capital acredita que serão anunciadas mudanças estruturais, através de leis, na construção de um caminho para chegar até 2027.
Enquanto isso, para os ativos brasileiros, nossa sugestão é para o investidor se manter na renda fixa, sem títulos IPCA+, nem bolsa e muito cuidado com o dólar. Para complementar, com a otimização do portfólio via alguma diversificação.
Em resumo, a vitória republicana, na Presidência e no Congresso, puxa mais o juro americano, tende a desvalorizar os ativos de países emergentes e brasileiros, mas é positivo pela definição de um dos marcos mais significativos no horizonte.
E vamos no ritmo “cada dia sua agonia”.
Boa leitura!!
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